22 de outubro de 2010

Lion-Hearted Boy

 


Percebi que a Blogosfera muito mais que uma realidade paralela, é uma família. Dividimos nossos pensamentos, gostos e experiências pessoais com aqueles que de simples leitores ou testemunhas anônimas, passam a ser nossos chegados, amigos e até muitas vezes tornam-se parte de nossas vidas e, consequentemente, de nossos textos. Um dos meus amigos mais queridos é o blogueiro Leonardo Alves, que foi o tema e a inspiração do meu texto Joyeux Anniversaire. Agora ele está aqui no blog, presente em carne, ossos e HTML, escrevendo um texto surpresa para mim, para o qual me pediu que fizesse uma pequena introdução à lá "Bridget Jones", com o intuito de apresentá-lo a vocês, meus queridos leitores. Posso dizer apenas que confio no bom gosto deste garoto barroco e que o texto apresentado logo abaixo será uma das obras mais lindas e de estimação que terei no arquivo desta página. 

Chafurdem-se na leitura.

Abre Aspa
*
Nome de galã de novela mexicana, ares daqueles escritores franceses boêmios de meados do século XX, coração imenso no qual cabem confortavelmente todos os seletos indivíduos que tiveram a sorte de usufruir da estima desse paulistano de apenas 23 anos, mas que tem tantas histórias quanto um veterano da 2ª Guerra Mundial e cuja pele transformou numa tela onde estão reproduzidas as mais diferentes figuras que retratam suas crenças pagãs e gostos dos mais diversos. Refiro-me ao “lion-hearted boy” de ascendência latino russa, Beto Torta (nascido Roberto Cavalcante Rodríguez, ao dia 06 de agosto de 1987 – o dia mais frio daquele ano, segundo a Perla).

Quando uso o termo “lion-hearted boy” me refiro a todos os possíveis significados que essa expressão possa encerrar. Além de ser do signo de Leão, ele possui bravura, coragem e força, como também é capaz de mostrar presas afiadas e esbanjar ferocidade em face de injustiças ou quando o tratam com grosseria e lhe faltam com a consideração (The Courageous Four Eyed Superior).

Conhecer o Beto é como dedicar a vida aos estudos, você pode passar anos o observando e a cada dia vai descobrir que há sempre mais para saber a seu respeito e uma surpresa em cada nova descoberta. O máximo que eu poderia fazer é tentar esboçar os matizes mais invariáveis da personalidade desse querido amigo e os infinitos desdobramentos do ser desse escritor e, se Hera quiser, futuro jornalista, que quase se tornou filósofo, historiador da arte e engenheiro naval.

Faz dois outonos que o conheço e afirmo convictamente que esses anos teriam sido mais nublados sem seus cômicos comentários e nossos pitorescos papos de confessionário (risos). Por inúmeras vezes o Beto foi meu chão e seu ombro serviu-me de apoio. Nos momentos em que não havia Chapolin Colorado para me ajudar, era a ele que eu recorria. Ter-lhe a atenção me transmitia calma, mesmo quando - plausivelmente - ele não possuía a solução para os meus problemas.

Além de calma, sorrisos e gargalhadas, o devo inspiração para ótimos textos e ótimos textos para me servir de entretenimento. Para quem não sabe, ele tem um blog (provavelmente este que vocês estão lendo), o qual eu acompanho desde pouco antes de ele mudar o nome de Delta Vênus para Roberto Torta e, posteriormente, para o atual 1/4 de Beto. Se eu fosse falar do seu talento para a escrita, eu gastaria horas, mas creio que basta dizer que ele é capaz de mudar do cômico para o comovente em um único parágrafo e que suas produções são tão instigantes a ponto de prender à leitura o mais desconcentrado dos homens (a saber, eu). Eu até suspeitava que ele tivesse usado alguma de suas habilidades secretas para viciar todo e qualquer indivíduo que, por ventura, passasse pelo seu blog. Mas com o tempo constatei que o que eu acreditava ser uma habilidade secreta, nada mais era que uma rara e esplêndida aptidão para a crônica, o romance e a poesia.

Não é difícil amar essa “coisa mais linda e fofa da mamãe”, como diz a Dona Rosana. O Beto é um sujeito... “pinta” (modo como o Código de Masculinidade convencionou que um homem deve se referir a outro quando este for de agradável aparência), inteligente, culto, refinado (daqueles que bebem chá verde e tudo), bem humorado, fiel, afável e, paradoxalmente, uma fera dócil. Como eu sou ateu, eu não sei bem pra quem agradecer por ter tido a felicidade de conhecê-lo e tornar-me seu amigo. Mas conviver (mesmo que virtualmente) com o Sr. Rodríguez foi uma das melhores experiências da minha vida e eu gostaria de deixar isso bem claro para ele e para quem quer que esteja lendo este texto. Sem mais delongas, finalizo esta orgulhosa homenagem com versos da canção The Couch, de um de nossos ídolos compartilhados, Alanis Morissette:

“You are wise, you are warm, you are courageous, you are big and I love you more now than I ever have in my whole life”.

Fecha Aspa


 


3 comentários:

  1. cara, isso foi incrível.
    parabéns pela homenagem, e... por tbm gostar de Alanis Morissette.

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  2. Uauuuuu....

    Homenagem linda! E super merecida!

    Não gosto da palavra Perfeição, mas aqui ela esta super bem traduzida em palavras.

    Um beijo grande!

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  3. -

    gato, esse leonardo é do bem, viu?!
    ele conseguiu chegar a quase definição de roberto. torta. (:

    só vi amores em palavras. ;*

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