29 de julho de 2008

Uma Dádiva de Cavalheirismo...♥

"Por onde Ele vagueará,
para onde ele cavalgará?
Para a cidade de Canterbury
e a jovem noiva ele verá.
O que ele lhe trará,
agora que a Era chega à termo?
A negra ameixa do outono,
uma dádiva de cavalheirísmo extremo."


Pergaminho do Destino



"Com os velhos tempos eu sonhei,

e vivi um momento muito bravo,
em Camelot eu era o grande rei,
e você um mísero cristão escravo..."

Este poema citado em um dos livros de Hudyard Kipling, não me saía da cabeça,
enquanto ontem assistia pela milésima vez ao filme *As Brumas de Avalon* ,
claro que foi a pior adptação feita na historia des de o Big-Bang,
cortando personagens fundamentais, e modificando os que restaram
mas a atuação
de Angélica Huston como *A Senhora do lago*
(não haveria atriz melhor na minha opinião de fã-nático por Marion Zimmer-Bradley)
é impecável e perfeita, a Deusa encarnada.
Mas o que mais me chama a atenção, tanto no livro,
quanto no filme, é o personagem Accolon,
no filme interpretado lindamente pelo ator Irlandês
(deus grego, maravilhoso e tudo de bom ) Ian Duncan.

Ele é um dos cavaleiros da Távola Redonda da Corte de Arthur, que poucos dão valor,
é o verdadeiro, puro e mais real amor que Morgana Le Fey
conhece em sua amargurada vida,
um cavaleiro do antigo código, servidor da Deusa e Principe de Gales do Norte.
um homem perfeito, e completamente apaixonado por sua Fada,
como ele se refere à ela no livro,
ele domou o coração da herdeira de Avalon, e rainha das Sacerdotizas.
e não foi com sua sensualidade, ou com seu jeito de arrasador de corações,
foi com suas grandes e carinhosas mãos, sua atenção sempre presente e sua gentileza,
muito chamada também hoje em dia, de cavalheirismo.
Eu ja nem sei quanto tempo eu passei perguntando
porque as coisas não dão certo comigo,
porque des de aqueles malditos 14 anos quando dei meu primeiro beijo,
(o Sexo* veio só aos 16 hehehe...)
até meus 21 (hj) ainda me sinto tão inexperiente em relação ao amor,
porque me envolvi com pessoas que me machucaram?
talvez como Morgana, eu seja completamente sombrio e amargurado,
o Rei dos Bruxos, preso em uma torre alta de orgulho e arrogância,
esperando que um Accolon, venha com sua grande mão suave, e com seu carinho morno, e descongele aos poucos pedaço por pedaço do meu coração,
e é em homenagem ao meu Accolon que ainda não sei quem é, ou que rosto terá,
que transcrevo o poema a seguir.
venha voando nas asas do vento meu lindo cavalheiro,
será muito bem recebido aqui em meu braços.




Cavaleiro das armas escuras,
Onde vais pelas trevas impuras
Com a espada sangüenta na mão?
Por que brilham teus olhos ardentes
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?

Cavaleiro, quem és? o remorso?
Do corcel te debruças no dorso.
E galopas do vale através.
Oh! da estrada acordando as poeiras
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te o fantasma nos pés?

Onde vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro das armas escuras,
Macilento qual morto na tumba?.
Tu escutas. Na longa montanha
Um tropel teu galope acompanha?
E um clamor de vingança retumba?

Cavaleiro, quem és? - que mistério,
Quem te força da morte no império
Pela noite assombrada a vagar?


Álvares de Azevedo




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