19 de fevereiro de 2009

Piercing


"ainda sinto os arrepios nas noites mais quentes,
quando me lembro do piercing de sua lingüa deslizando
de uma maneira gelada e metálica sobre a minha pele,
que se arrepiava, e meus pêlos se erissavam...
meu corpo se abria completamente, como uma flôr
de Lótus naquela propaganda de perfume, não podia lutar,
sentia o gosto de suas tatuagens em minha lingua,
e por deus, eu poderia jurar que tinham um sabor
diferente do resto de sua pele branca...ligeriamente rosada...
era um gosto estranho de pecado e cores misturados,
vontade e volúpia, com uma dose de conservadorismo,
aquilo que fazíamos naquela noite não era apenas sexo,
ainda hoje não consigo atribuir um nome, mas eu já
fiz muito sexo antes... aquilo que faziamos era mais..."

Beto - O Piercing



Um comentário:

  1. Acredita que atualizei a página três vezes, esperando aparecer um daqueles seus textos que vêm depois da poesia?! Só depois caiu a ficha. O texto dessa vez é só a poesia mesmo, rsrs.
    Pois bem, és um poeta de mãos cheias. Álvares de Azevedo teria algo a aprender contigo (e olha que Álvares é um dos meus poetas preferidos, viu!). O seu ultra-romantismo (aliás, esse texto é ultra-romântico, neh?!) me comoveu. Excitante, emocionante, estimulante, instigante. Simplesmente perfeito.

    Abração!
    Léo! :D

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